O Comércio Exterior em tempos de eleição


Por Michelle Fernandes (*)

Enquanto o nosso país respira política em discussões acaloradas e, muitas vezes inflexíveis, me pego aqui pensando sobre o futuro do nosso Comércio Exterior. Afinal, em janeiro de 2019 tomaremos outra direção e qual direção seria essa?

Infelizmente, ainda não me deparei com nenhuma proposta concreta e real dos atuais candidatos com relação às nossas importações e exportações. Esta é uma grande preocupação não só minha mas de todo o país, que espera por um equilíbrio em nossa balança comercial.

Não estou no Comércio Exterior há muito tempo, somente pouco mais de uma década. Mas me recordo com saudosismo do tempo que tínhamos orgulho de falar da nossa balança comercial, do tempo que tínhamos esperança nas letrinhas que compunham o projeto de infraestrutura logística no Brasil, imaginem só três letras poderiam mudar o país!? Ah, e quando John Keynes apareceu para ajudar a “mão invisível” de Adam Smith? Foi excelente para o desenvolvimento do nosso setor. Os portos cheios, operando a todo vapor.

Naquela época, o nosso “Ship Schedule”, nosso quadro de programação de navios, era lotado. Não tinha espaço nem para um barquinho, para nada, nem para discussão sobre o câmbio, mas isso nessa época também não era problema. Tínhamos vontade, esperança e uma balança comercial equilibrada. E os nossos e-mails? Eram mais cotações do que currículos. Tempos bons, tempos de investimentos, tempos prósperos. Tempos que o nosso comércio exterior era respeitado mundo a fora. Que saudade!

E agora, o que devemos esperar? Muitas perguntas, todas cheias de esperanças, almejando respostas positivas e transformadoras para vermos crescer novamente o nosso setor.

Janeiro está próximo, mas antes precisaremos passar pelo 7 de outubro.

Boa sorte pra todos nós!

Fonte : Comex do Brasil 



(*) Michelle Fernandes é especialista em comércio exterior e CEO da M2Trade www.m2trade.com.br

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