A participação das mulheres na Gestão do Comércio Exterior


O perfil profissional da mulher de hoje é muito diferente daquele do começo do século. A participação delas no mercado de trabalho se expandiu nos anos 70 e teve na busca pela complementação da renda familiar um dos principais motivos. A partir daí, acabaram conquistando um espaço maior no mercado de trabalho. Em pleno século 21, já podemos falar que as mulheres são vencedoras na sua luta pela igualdade: elas se destacam nos tribunais, no topo de grandes multinacionais, em organizações de empresas, pilotando jatos, comandando tropas, perfurando poços de petróleo, atuando como engenheiras, professoras, médicas, pedreiras, e tantas outras profissões – outrora vistas como exclusivas do mundo masculino. Não suficiente, alçaram voos mais altos, atingindo agora os cargos de alto escalão, historicamente preenchidos apenas por homens.

Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade – assim como os homens – elas acumulam outras funções: mãe, esposa e dona de casa. As mulheres acreditaram na ideia de que era possível conciliar casa e carreira, e foram à luta, construindo uma dupla jornada de trabalho. Trabalhar fora de casa é uma conquista recente das mulheres, que mesmo assim – garantindo agora o próprio sustento- ainda encontram desafios: sofrem preconceito e discriminação, passando pelas diferenças salariais entre homens e mulheres no mesmo cargo. Apesar disso, elas buscam o reconhecimento e seguem conquistando mais espaços nesse mundo tão comandado por homens, o que é considerado uma grande vitória para a classe feminina. Já está mais que provado que, nós, mulheres, podemos ser ótimas em qualquer área de trabalho que escolhermos. E sem ficar atrás de homem nenhum!


As mulheres já provaram que são capazes de conquistar tudo o que desejam!


A mulher se dedica de tal maneira em tudo, e em especial no seu profissional, que chega quase à “perfeição”, em muitos casos até atinge esse patamar. Neste âmbito, podemos destacar as mulheres empreendedoras. A iniciativa feminina na gestão das empresas é um fator primordial na evolução empresarial. Elas ultrapassaram o desafio de ingressar em um ambiente anteriormente gerido por homens e fazê-lo seu, aproveitando a oportunidade de mostrar sua excelência.


O processo de inserção das mulheres no mercado de trabalho, apesar de parecer consolidado, ainda não terminou; sem dúvida há um grande caminho a percorrer. Mas, mesmo com todo esse caminho pela frente, a mulher pode mostrar seu lugar no mercado de trabalho, mostrar que pode sim conseguir mostrar sua competência, dedicação e chegar à liderança das empresas, em seus mais altos cargos diretivos.


Esse artigo pretende dar enfoque especial à participação das mulheres na gestão de empresas de comércio exterior. Como em outras áreas, também no comércio exterior, as mulheres passam por inúmeras barreiras. A diversidade cultural pode exercer enorme influência na negociação, exigindo novas posturas e abarcamento de responsabilidades. É crucial, por exemplo, saber lidar com países cuja cultura, religião ou costumes não aceitam a mulher como figura de autoridade no âmbito profissional. Trabalhar com comércio exterior envolve fatores além da cultura. Ainda há preconceitos envolvendo a habilidade das mulheres em “fazer negócios”. 

Em uma pesquisa¹ sobre o emprego feminino, observou-se que o saldo, em termos de emprego, é positivo e cresceu, porém, a presença feminina no emprego associado ao comércio exterior é menos importante do que a presença masculina, com apenas 3,5% do número total de mulheres ocupadas (diante de 6% para a mão-de-obra total). A mão-de-obra feminina é, em geral, mais qualificada que a masculina – ou seja, elas possuem maior escolaridade que eles. Este fato se reflete no perfil do emprego associado ao comércio. Do lado das exportações, o percentual de empregos gerados ocupados por mulheres, corresponde às seguintes participações: 34%, 44% e 53%, respectivamente, nas categorias de baixa, média e alta qualificação.

O mesmo se observa para as importações: as mulheres ocupam uma parcela maior dos empregos de qualificação mais elevada (32,4%) e um percentual menor para os de menor qualificação (28,9%). Em termos da mão de obra total, constatou-se, por intermédio da pesquisa realizada com as mulheres que atuam na gestão de empresas de comércio exterior, que as mesmas possuem perfil profissional considerado de sucesso, que em sua maioria possuem, de 25 a 34 anos e são pós-graduadas.

As mulheres continuam ascendendo no mundo dos negócios, e, neste contexto, cabe às empresas desenvolver a maturidade dos colaboradores para que passem a aceitar e a perceber a importância do sexo feminino.

¹CASTILHO, M. R. Impacto de mudanças do comércio exterior brasileiro sobre o emprego feminino.

Ericka Bastos, é natural do São Luiz do MA, mas mora atualmente em Parnamirim RN e atua na área de desenvolvimento acadêmico gestão financeira e Diretora Financeira na AE NEGOCIOS INTERNACIONAIS. Apaixona por Comércio Internacional, tem o desejo de mostrar que as mulheres podem ser bem sucedidas nos negócios tanto como qualquer homem. Atuante na area há 15 anos, já importou e exportou para todos os continentes, abriu sua própria empresa e hoje tem orgulho de dizer que sua empresa conquistou uma vasta cartela de clientes no exterior e mercado interno, viajando pelo o mundo para participar de eventos e fomentar o comércio exterior brasileiro. Como empresária, quer ajudar a outras empresárias a conquistar seus objetivos, mostrar como todos podemos vencer. como meta quer que sua empresa seja a maior no setor que atua até 2020.


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